O ENTUSIASMO APAGADO
Ontem, 30 de junho, data do desencarne do grande médium e do grande homem Chico. Uma reflexão para os trabalhadores de hoje.
Em fins de
1927, o “Centro Espírita Luiz Gonzaga”, então sediado na residência de José
Cândido Xavier, que se fez Presidente da instituição, estava bem frequentado. Muita
gente. Muitos candidatos ao serviço da mediunidade. Muitas promessas.
José era irmão
do Chico e na residência dele realizavam-se as sessões públicas nas noites de
segundas e sextas-feiras.
Em cada
reunião, ouviam-se exclamações como esta:
- Quero ser
médium psicógrafo!...
- Quero
desenvolver-me na incorporação!...
- Precisamos
trabalhar muito...
- Não será
interessante fundar um abrigo ou um hospital?
O entusiasmo
era grande quando, em outubro do mesmo ano, chegou a Pedro Leopoldo, Dona Rita
Silva, sofredora mãe com quatro filhas obsidiadas. Vinham ela e o irmão Saul,
tio das doentes, da região de Pirapora, zona do Rio São Francisco, no norte
mineiro.
As moças, em
plena alienação mental, inspiravam compaixão. Tinham crises de loucura
completa. Mordiam-se umas às outras. Gritavam blasfêmias. Uma delas chegara
acorrentada, tal a violência da perturbação de que era vítima.
O Espírito de
Dona Maria João de Deus explicou pela mão do Chico:
- Meus amigos,
temos desejado o trabalho e o trabalho nos foi enviado por Jesus. Nossas irmãs
doentes devem ser amparadas aqui no Centro. A fraternidade é a luz do
Espiritismo. Procuremos servir com Jesus.
Isso aconteceu
numa noite de segunda-feira. Quando chegou a reunião de sexta, José e Chico
estavam em companhia das obsidiadas sem mais ninguém...
DO LIVRO: “LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER” de Ramiro Gama
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