SER PAI...
NO LAR
Não olvides que teu filho, sendo
a materialização de teu sonho, é também tua obra na Terra.
Às vezes é um lírio que plantaste
no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um fragmento de mármore que
deixaste à distância.
Flor que te pode encorajar ou
pedra que te pode ferir.
Recebe-o, pois, como quem
encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.
Não lhe abandones o espírito à
liberdade absoluta, para que se não perca ao longo da estrada, e nem cometas a
loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista, para que o teu exclusivismo
não lhe desfigure as qualidades inatas para o infinito bem.
Ajuda-o, acima de tudo, a crescer
para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente, em ímpeto
ascensional para a luz.
Livra-o das deformidades mentais,
tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão da erva sufocante.
Ser pai é ser colaborador efetivo
de Deus, na Criação.
Receber um filho é deter entre os
homens o mais sagrado depósito.
Não desertes, assim, da abnegação
em que deves empenhar todas as forças peculiares à própria vida, a fim de que o
rebento de tuas aspirações humanas se faça legítimo sucessor dos teus mais
íntimos anseios de elevação.
O lar, na Terra, ainda é o ponto
de convergência do passado. Dentro dele, entre as quatro paredes que lhe
constituem a expressão no espaço, recebemos todos os serviços que o tempo nos
impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.
Exercitemos, desse modo, o amor e
o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar, à frente de nossos
amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos parentes ou em
nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da eternidade a mais alta e
a mais sublime equação.
Emmanuel
Livro Luz no lar, de Francisco Cândido Xavier- Espíritos diversos.
Feliz Dia dos Pais a todos- ACOM 2018
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