ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA
ESPÍRITA
“Acrescentamos
que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito
numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por
homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e
sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses
qualificativos aos que julgam “a priori”, levianamente, sem tudo ter visto; que
não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento
indispensáveis. Ainda menos saberíamos dá-los a alguns que, para não decaírem
da reputação de homens de espírito, se afadigam por achar um lado burlesco nas
coisas mais verdadeiras, ou tidas como tais por pessoas cujo saber, cujo
caráter e convicções, lhes dão direito à consideração de quem quer que se preze
de bem-educado. Abstenham-se, portanto, os que entendem não serem dignos de sua
atenção os fatos. Ninguém pensa em lhes violentar a crença; concordem, pois, em
respeitar a dos outros.”
“O que
caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. (...)”.
Allan
Kardec foi quem fez essa importante colocação em O Livro dos Espíritos, no
capítulo VIII da Introdução.
“O
Espiritismo ainda continua um ‘desconhecido’, e, a maioria, movida pela ânsia
de soluções imediatistas, ainda não busca uma nova filosofia de vida, a par de
uma explicação para o porquê do ser, do destino e da dor.” Herculano Pires
(1914-1979).
O estudo
sério começa pelo estudo das obras básicas. O Livro dos Espíritos, O Livro dos
Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese de
onde se originam a base do estudo sistematizado organizado em apostilas pela
Federação Espírita Brasileira (FEB).
Depois de
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, podemos citar autores importantes,
tais como: Léon Denis, Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Herculano Pires,
Yvonne Pereira, Hermínio C. Miranda entre outros. E autores espirituais como:
Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Manoel Philomeno de Miranda e vários
outros.
Dessa maneira,
estaremos melhor preparados para o entendimento do Evangelho de Jesus como
norma de conduta para toda a Humanidade, iniciando, assim, a nossa reforma
íntima.
“Compreendemos,
com Kardec, que, na Doutrina Espírita, foi pronunciada a primeira palavra, mas,
em face do caráter progressivo dos seus postulados, ninguém poderá dizer a
última. Na Doutrina Espírita, não se dirá que Allan Kardec foi ultrapassado, de
vez que nossos princípios avançam com o fluxo evolutivo da própria vida e, à
maneira do edifício que para crescer não prescinde do alicerce, a Doutrina
Espírita não fugirá das diretrizes primeiras, a fim de ampliar-se em construções
mais elevadas.
Sabemos que
a Doutrina codificada por Kardec é o alicerce sólido, indestrutível, feito para
sustentar um número infinito de andares, mas é necessário ter o cuidado de que
os andares a serem construídos sobre esse alicerce sejam da mesma qualidade,
estrutura e robustez, para suportarem os que forem construídos acima, caso
contrário comprometerão todo o edifício. Toda e qualquer prática fora dos
preceitos doutrinários é um andar fragilizado, que, com o tempo, ruirá. Compete
a nós, espíritas conscientes, a grande responsabilidade de preservar a pureza
do Cristianismo Redivivo, e, de forma alguma, a pretexto de tolerância cristã,
usar de condescendência para com as deturpações que invadem o Espiritismo!
É urgente
e fundamental que todos aqueles que tiveram a ventura de entender o Espiritismo
lutem, dia a dia, pela manutenção da pureza doutrinária. Que não se omitam. Que
não se escondam atrás de um comodismo preguiçoso, alegando que, cada qual tem o
direito de adotar a prática que quiser, e que cada qual vive a religião de
acordo com seu grau de evolução intelectual. Realmente, não temos o direito de
apontar o dedo ameaçador à face dos profitentes de outras religiões e cultos. Eles
têm o direito de ter a religião que quiserem e adotar os cultos que bem
entenderem. O que não se pode permitir é que, em nome do Espiritismo, se
pratiquem atos totalmente condenados pela Doutrina.” Ary Lex, Pureza
Doutrinária.
“Amados,
não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os Espíritos se procedem de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (S. João, 1
Epístola, cap. IV, v. 1).
“Espíritas,
amai-vos! – esse é o primeiro ensinamento; instruí-vos, esse, o segundo.” O Espírito de Verdade.
Pesquisa: O Livro dos
Espíritos, Pureza Doutrinária, Federação Espírita Brasileira e www.nossolar.net
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