Salve a Proclamação da República!
Coube ao marechal Deodoro da Fonseca a Proclamação da República no
Brasil, mas vale lembrar que o segundo reinado foi um tempo de grandes avanços
para nosso país. A inspiração do alto era notável na figura de Dom Pedro II, de
personalidade estoica e generosa o olhar e a destra do Imperador demonstravam
sua evolução espiritual e preocupação com o povo brasileiro. Lemos em
"Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" essa obra monumental
de Humberto de Campos que nos foi trazida pelas mãos abençoadas de Chico Xavier
no ano de 1938, onde o benfeitor nos relata as conquistas ocasionadas e
permitidas pela sensibilidade do "Magnânimo" que reinou nosso país
por quase sessenta anos, dentre elas podemos destacar a abertura religiosa
nessas terras tupiniquins em detrimento da Igreja Católica como sendo a única
religião do Império, bem como a abolição da escravatura. Democrata por
excelência Dom Pedro preparara o psiquismo brasileiro para os novos tempos que
se avizinhavam, tanto que instituiu uma monarquia parlamentar constitucional e
fez a país crescer econômica e humanitariamente, demonstrando a todo tempo o
amor por seu povo.
Os
brasileiros o aclamavam com zelo e respeito, muito embora pequeno grupo de militares
desejassem implantar uma ditadura sob o pseudônimo de república, foi um golpe
de antigos aliados que desejavam o poder a qualquer custo. O Imperador agora
deposto não reage, não permite que se forme uma força contrária, apenas recua
com humildade, negando a si mesmo como se deixasse ao tempo cumprir seu papel
na programação própria para o Brasil.
Recusou-se o então deposto Imperador a qualquer soma da coroa e se
refugiou na Europa pelos dois últimos anos de sua encarnação à época. Deixou
órfão o povo brasileiro e muitos que se levantaram para o depor só
reconheceram o valor de sua passagem no comando do Brasil anos mais tarde após
seu desencarne. Com caráter forjado pelas lutas diárias, Dom Pedro
"perdeu" a mãe com apenas um ano de idade, bem como o pai que partiu
para Portugal quando o pequeno herdeiro tinha apenas cinco anos de idade.
Diante de infância difícil e atípica para uma criança, ele se fez forte e
verdadeiro apaixonado pela liberdade de expressão, pela cultura, pelas
ciências, enfim por seu povo.
Hoje diante das críticas aos movimentos políticos no Brasil, recordamos
que ainda precisamos exercitar nossa brasilidade de forma a valorizar a gleba
onde a permissão Divina nos pediu renascer para que a aprendêssemos a amar. Já
se passaram 125 anos desde aquele 15 de Novembro de 1889 e ainda vemos tantas
desigualdades sociais, tanta desproporcionalidade entre os filhos desse nosso
país, todavia também vemos que nesse momento ímpar a população brasileira está
atingindo a maioridade psíquica e "exportando" o Evangelho para todas
as partes do mundo. O povo pacífico está deixando de ser passivo diante dos
grandes crimes de desvio de verbas, do mensalão e outras tantas atrocidades
cometidas com nosso amado país.
Feliz dia da Proclamação da República!
Rede
Amigo Espírita