sábado, 21 de novembro de 2015

Bazar Beneficente

O LAR ESPÍRITA ASSISTENCIAL IRMÃO FABIANO DE CRISTO promove mais um Bazar da Solidariedade.
Abertura: dia 24 de Novembro, terça-feira às 10 horas da manhã.
Endereço: Rua General Neto, n° 921 (entre XV de Novembro e Anchieta).

Contamos com sua presença!
"Compre um presente e doe um prato de sopa a um idoso carente."


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Para a nossa reflexão...

Terrorismo
A Hidra de Lerna, da mitologia grega, na sua insaciável sede de sangue, ressurge, na atualidade, multiplicando-se em forma do hediondo terrorismo. Os fantasmas do medo, da revolta, das lutas sem quartel, corporificam-se nas massas alucinadas gritando por vingança, sem se importar com o número de vidas que sejam estioladas, nem com as formas cruentas a que sejam submetidas.
Os direitos do homem e da mulher, dolorosamente conseguidos ao largo da História, cedem lugar ao abuso do poder desenfreado, da loucura fanática de minorias infelizes, que acendem o estopim do barril de pólvora dos ódios mal contidos. Entre as elevadas conquistas do desenvolvimento ético e moral da Terra, destaca-se a liberdade, representada nas organizações políticas pelos regimes democráticos, veladores da honra de bem viver e deixar que os demais também o vivam. Dentre esses direitos inalienáveis, a liberdade de expressão alcançou nível superior para o comportamento humano.
Não há, portanto, limite sagrado ou profano, proibido ou permitido, dependendo, exclusivamente, do estágio intelecto-moral da sociedade e dos seus cidadãos, que optarão pelo ético, pelo saudável e pelo favorável ao desenvolvimento espiritual da humanidade. Sofista por excelência e ético na sua essência, Sócrates defendia a liberdade de expressão num período de intolerância e de sujeição, de arbitrariedades, que ele condenava, havendo pago com a nobre existência a elevada condição de exaltar a beleza e a verdade.
Jesus, na sua ímpar condição, respeitou essa gloriosa conquista – a liberdade de expressão – não se permitindo afetar pelos inditosos comportamentos dos seus opositores contumazes… E fez- -se vítima espontânea da crueldade e do primarismo daqueles que o temiam e, por consequência, o odiavam. Legou-nos, no entanto, no memorável discurso das bem-aventuranças as diretrizes éticas para a conquista da existência feliz através da aquisição da paz. Em momento algum limitou, excruciou ou lutou contra o amadurecimento espiritual do ser humano. Sua doutrina, conforme previra, foi submetida ao talante dos poderes temporais e transformada em arma terrorista esmagadora que dominou as massas humanas por longos séculos de medo e de horror Há pouco mais de 200 anos, no entanto, a França e, logo depois, os Estados Unidos da América do Norte desfraldaram a bandeira dos direitos à liberdade, à igualdade e à fraternidade. E houve, desde então, avanços incontestes no comportamento dos povos, diversas vezes afogados no sangue dos seus filhos em insurreições internas, em guerras internacionais, embora muitos interesses subalternos, para que lhes fossem preservados esses soberanos direitos.
Os temperamentos primários, porém, ainda predominantes em expressivo número de Espíritos rebeldes, incapazes de compreender os valores humanos, têm imposto a sua terrível e covarde adaga em atos de terrorismo, tendo como pano de fundo as falsas e mórbidas confissões políticas e religiosas, que dizem abraçar, espalhando o caos, o terror, nos quais se comprazem.
A força das suas armas destrutivas jamais fixará os seus postulados hediondos, pois que sempre enfrentarão outros grupelhos mais nefastos e sanguinários que os vencerão. Após o triunfo de um bando de bárbaros por um tempo e ei-los desapeados da dominação por dissidentes não menos cruéis…
Assim tem sido na História em todos os tempos. Os mongóis, por exemplo, conquistaram a Índia, embelezaram-na, realizaram esplendorosas construções como o Taj Mahal, pelo imperador Shah Jahan, a fortaleza dita inexpugnável guardando a cidade e as minas de diamantes da Golconda, enquanto se matavam para manter-se ou para conquistar o trono – filhos que assassinaram os pais ou os encarceraram, ou os enviaram para o exílio, como era hábito em outras nações – para depois sucumbirem sob o guante de outros voluptuosos dominadores mais hábeis e mais selvagens.
Criaram armas terríveis, como os foguetes com lâminas aguçadas e os imensos canhões, terminando vencidos, após algumas glórias, pelas tropas inglesas que invadiram o país, submetendo-o por mais de um século ao Reino Unido, desde o reinado de Vitória. Mais tarde, a grandeza moral do Mahatma Gandhi, com a sua misericordiosa não violência, libertou-a, restituindo-a aos seus primitivos filhos. Nada obstante, após o seu assassinato, a Índia continuou e permanece até hoje vítima do terrorismo político e religioso desenfreado, sem a bênção da paz, a dileta filha do amor.
Somente quando o amor instalar-se no coração do ser humano é que o terrorismo perverso desaparecerá e os cidadãos de todas as pátrias e de todas as confissões religiosas se permitirão a vera liberdade de pensamento, de palavra e de ação. Com efeito, esse sublime sentimento não usará da glória da liberdade para denegrir ou punir pelo ridículo, porque respeitará todos os direitos que a Vida concede àqueles que gera e mantém. Para que esse momento seja atingido, faz-se urgente que todos, mulheres e homens de bem, religiosos ou não, mantenham-se em harmonia, respeitem-se mutuamente e contribuam uns para a plenitude dos outros.
Infelizmente, porém, na atualidade, em que predominam o individualismo, o consumismo, o exibicionismo, espú- rios descendentes do egoísmo, facções terroristas degeneradas disseminarão na Terra o crime e o pavor, até que seus comandantes e comandados sejam todos exilados para mundos inferiores, compatíveis com o seu estágio de evolução. Merece, igualmente, neste grave momento, recordar a frase de Jesus: – Eu venci o mundo! (João, 16:33.) Todos desejam, por ignorância, vencer no mundo. Ele não foi um vitorioso no cenário enganoso do mundo, mas o triunfador sobre todas as suas ainda perversas injunções. O terrorismo passará como todas as vitórias da mentira, das paixões inferiores e da violência, porque só o amor é portador de perenidade.
Vianna de Carvalho
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 7 de janeiro de 2015, (quando ocorreu o ataque terrorista em Paris), no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)



domingo, 15 de novembro de 2015

Data da Proclamação da República

Proclamação da República

 Século dezenove. Embora todas as liberdades públicas que a monarquia desenvolvera em nosso país, ela ainda falava da  influência portuguesa.
 Eis porque a República era considerada pela comunidade brasileira como a fórmula de governo compatível com a evolução do país e com a posição cultural do seu povo.
  A ideia era genuinamente nativista. Alcançara todas as inteligências. Desde a Lei de 13 de maio de 1888, a Abolição da Escravatura, que ferira os interesses particulares das classes conservadoras, a República se anunciava.
  Por toda parte, em ambientes civis ou militares, acendiam-se as tochas do idealismo republicano.
  Os tempos que antecederam ao grande feito foram de intensa atividade. Todas as grandes cidades do país se entregavam à propaganda aberta das ideias republicanas.
  Os espíritos mais eminentes do país preparavam o grande acontecimento.
  Então, a 15 de novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Correa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou, inopinadamente, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil.
 O Imperador D. Pedro II recebeu a notícia com amarga surpresa. Afinal, todos os republicanos eram amigos íntimos do monarca. Quem não lhe devia, no Brasil, o patrimônio da cultura e da liberdade?
 O monarca repeliu as sugestões de Espíritos apaixonados da Coroa para a reação. Preparou rapidamente sua retirada, com a família imperial, para a Europa, em obediência às imposições dos revolucionários.
Consigo levou um travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da pátria brasileira lhe santificasse a morte, no seu exílio de saudade e pranto.
Eram as vésperas do regresso à Pátria da Imortalidade.
*   *   *
Ao recordarmos, nesta data, o acontecimento, cabe-nos agradecer aos idealistas de então pelo legado. Alguns deles, como Benjamin Constant, foram violentamente criticados pelos monarquistas.
Diziam que se poderia ter esperado que o Imperador morresse. Afinal, já estava bastante idoso. Por que lhe ferir, dessa forma, o coração?
Mas sabemos que para toda decisão importante há um momento certo. E com certeza, aquele o foi.
Recordamos o entusiasmo de Pero Vaz de Caminha, que chegou com Pedro Álvares Cabral ao Brasil, ao se dirigir ao rei de Portugal:
Uma terra tão pródiga que em nela se plantando, tudo dá.
 Será que os ideais de igualdade, de fraternidade e engrandecimento também?
 Com o legado de um território tão grande, uma terra tão rica e a luz do Evangelho do Cristo a brilhar no céu de anil, o que nos falta para sermos a nação mais rica de amor da face da Terra?
  Quando passaremos a nos preocupar mais pelo nosso irmão, pela nação e menos pelos nossos próprios interesses?
  Bem vale aqui a célebre frase do patriota em dias de batalha: O Brasil espera que cada um cumpra seu dever.
  O Brasil cristão aguarda que cumpramos nosso dever de cidadão nobre. Dever de patriota que não somente respeita os símbolos nacionais da bandeira, do brasão, do Hino Nacional, mas vive com dignidade, todos os dias na Terra do Cruzeiro.
*   *   *
  Devemos a Benjamin Constant a adoção da expressiva  legenda da nossa bandeira: Ordem e Progresso.
  A ele se deve também a sugestão de enviar à Princesa Isabel uma petição no sentido de que não se empregassem mais soldados do Exército para prender os escravos que fugiam.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. O fundador da República Brasileira, do livro Homens que fizeram o Brasil, de Luiz Waldvogel, Casa Publicadora Brasileira, e no cap. XXVII do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.