sábado, 5 de março de 2016

Estudo Espírita

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA







“Acrescentamos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam “a priori”, levianamente, sem tudo ter visto; que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis. Ainda menos saberíamos dá-los a alguns que, para não decaírem da reputação de homens de espírito, se afadigam por achar um lado burlesco nas coisas mais verdadeiras, ou tidas como tais por pessoas cujo saber, cujo caráter e convicções, lhes dão direito à consideração de quem quer que se preze de bem-educado. Abstenham-se, portanto, os que entendem não serem dignos de sua atenção os fatos. Ninguém pensa em lhes violentar a crença; concordem, pois, em respeitar a dos outros.”
“O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. (...)”.
Allan Kardec foi quem fez essa importante colocação em O Livro dos Espíritos, no capítulo VIII da Introdução.

“O Espiritismo ainda continua um ‘desconhecido’, e, a maioria, movida pela ânsia de soluções imediatistas, ainda não busca uma nova filosofia de vida, a par de uma explicação para o porquê do ser, do destino e da dor.” Herculano Pires (1914-1979).

O estudo sério começa pelo estudo das obras básicas. O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese de onde se originam a base do estudo sistematizado organizado em apostilas pela Federação Espírita Brasileira (FEB).



Depois de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, podemos citar autores importantes, tais como: Léon Denis, Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Herculano Pires, Yvonne Pereira, Hermínio C. Miranda entre outros. E autores espirituais como: Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Manoel Philomeno de Miranda e vários outros.

Dessa maneira, estaremos melhor preparados para o entendimento do Evangelho de Jesus como norma de conduta para toda a Humanidade, iniciando, assim, a nossa reforma íntima.

“Compreendemos, com Kardec, que, na Doutrina Espírita, foi pronunciada a primeira palavra, mas, em face do caráter progressivo dos seus postulados, ninguém poderá dizer a última. Na Doutrina Espírita, não se dirá que Allan Kardec foi ultrapassado, de vez que nossos princípios avançam com o fluxo evolutivo da própria vida e, à maneira do edifício que para crescer não prescinde do alicerce, a Doutrina Espírita não fugirá das diretrizes primeiras, a fim de ampliar-se em construções mais elevadas.
Sabemos que a Doutrina codificada por Kardec é o alicerce sólido, indestrutível, feito para sustentar um número infinito de andares, mas é necessário ter o cuidado de que os andares a serem construídos sobre esse alicerce sejam da mesma qualidade, estrutura e robustez, para suportarem os que forem construídos acima, caso contrário comprometerão todo o edifício. Toda e qualquer prática fora dos preceitos doutrinários é um andar fragilizado, que, com o tempo, ruirá. Compete a nós, espíritas conscientes, a grande responsabilidade de preservar a pureza do Cristianismo Redivivo, e, de forma alguma, a pretexto de tolerância cristã, usar de condescendência para com as deturpações que invadem o Espiritismo!
É urgente e fundamental que todos aqueles que tiveram a ventura de entender o Espiritismo lutem, dia a dia, pela manutenção da pureza doutrinária. Que não se omitam. Que não se escondam atrás de um comodismo preguiçoso, alegando que, cada qual tem o direito de adotar a prática que quiser, e que cada qual vive a religião de acordo com seu grau de evolução intelectual. Realmente, não temos o direito de apontar o dedo ameaçador à face dos profitentes de outras religiões e cultos. Eles têm o direito de ter a religião que quiserem e adotar os cultos que bem entenderem. O que não se pode permitir é que, em nome do Espiritismo, se pratiquem atos totalmente condenados pela Doutrina.” Ary Lex, Pureza Doutrinária.

“Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os Espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (S. João, 1 Epístola, cap. IV, v. 1).

“Espíritas, amai-vos! – esse é o primeiro ensinamento; instruí-vos, esse, o segundo.”  O Espírito de Verdade.

Pesquisa: O Livro dos Espíritos, Pureza Doutrinária, Federação Espírita Brasileira e  www.nossolar.net