sábado, 6 de agosto de 2016

Conhecendo Fabiano de Cristo - I


Transcreveremos alguns momentos da vida de Frei Fabiano de Cristo no Convento de Santo Antônio

O ESCRAVO FORAGIDO

               Noite alta.
            Batidas nervosas estremecem a porta do convento, levando Fabiano de Cristo a apressar o passo para abri-la.
            - Sinhô, me salve!
            Cai no chão um escravo negro.
            Fabiano abaixa-se e o recolhe nos braços.
            Sente-lhe a febre, no primeiro toque. O negro, porejando e ardendo em febre, mal consegue falar.
            Adivinha-se um foragido de uma senzala próxima.
            - Tenha dó de mim... – suplica exausto.
            Nas mãos de Fabiano, que o sustentavam naquela hora, a marca do sangue que vertia das costas lanhadas por alguma chibata impiedosa.
            - Acalma-te, filho!
            - Tô fugindo! Não aguento mais...
            - Estás numa casa de Deus!
            Nos olhos do escravo rebrilhavam a humilhação e a súplica. Ali não existia o mal, porém somente os traços do sofrimento e da dor profunda.
            - Aonde queres ir? – indaga Fabiano.
            - Quero... voltar pra minha gente! – ele roga entre lágrimas.
            Fabiano, em tom ponderado, considera:
            - Todos viemos do Pai Celestial e, onde estivermos, estaremos entre irmãos, filhos do mesmo Criador Divino. Quem sabe, filho, Deus não te destinou para ajudares a construir um mundo novo, onde se instalará o reino da esperança e do amor?
            O escravo o olhou feito de espanto.
            Não te esqueças – prosseguiu amavelmente Fabiano – de que Jesus, para trazer-nos a doutrina da redenção, também se fez escravo dos homens cruéis e escolheu a Cruz do sofrimento para, com seu próprio sangue, libertar-nos dos nossos pecados.
            O escravo arfava já com serenidade.
            - Confia no Senhor! Não fujas de teus encargos, porque o Senhor confia em ti e te ampara. Sofres, por certo, mas para ti o Senhor abre os braços, dizendo-te: “Bem-aventurados és, tu que choras, porque serás consolado.”
            - Volto... à senzala?
            - E onde podereis ser mais livre? Não fujas das obrigações árduas que a vida te oferece a teu próprio benefício. Nela terás as tuas realizações espirituais, mesmo que debaixo de uma chuva de lágrimas e humilhações. Não tens um reino na Terra, mas o terás no céu.
            - Mas... e a minha fuga?
            - Intercederei por ti, junto de teu amo. Direi que te recolhi em febre e quase loucura e te devolvo em boa e nova saúde.
            E, quando Fabiano o ergueu do duro chão, já não havia febre nem revolta... e o lanhado das costas já não vertia sangue, porque já eram cicatrizes de um calvário glorioso.


(Trechos do livro “Fabiano de Cristo, o Peregrino da Caridade”, de Roque Jacintho, transcritos para a obra “Cenário de Luz” – Fundação do Lar Espírita Assistencial Irmão Fabiano de Cristo).

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

FREI FABIANO DE CRISTO - Parte 3

Frei Fabiano de Cristo - Uma História de Amor

João Barbosa, seu encontro com Francisco de Assis e sua transformação em Fabiano de Cristo

Parte III




terça-feira, 2 de agosto de 2016

FREI FABIANO DE CRISTO - Parte 1




VIDA E OBRA DE FABIANO DE CRISTO

Frei Fabiano de Cristo nasceu em Portugal, no dia 08 de fevereiro de 1676 na cidade de Soengas, com o nome de João Barbosa. Como mentor de nossa casa, fundada em 1º de setembro de 1976, completando 40 anos, iniciaremos uma série de documentários e informações a respeito de sua vida na Terra. Sabemos que, de tempos em tempos Jesus encaminha seus servidores mais preparados para ajudar a Humanidade e, Frei Fabiano, é um deles.



Frei Fabiano de Cristo – Uma História de Amor

Parte I




segunda-feira, 1 de agosto de 2016

VIDA E VALORES

Atividades para a Paz

Nunca se ouviu falar tanto de paz na Terra, como nestes tempos que estamos vivendo. Para tudo e para qualquer coisa, fala-se de paz.  Mas o que vem a ser a paz? É muito difícil, para quem não é pacífico, saber o que seja a paz. Para alguns, a paz é a postura das águas paradas. Para outros, a paz é inércia, é o não fazer nada, é o não ter que se incomodar. Parece que a paz se torna uma virtude estanque, parada, quando, em realidade, a paz é exatamente o oposto.
Notamos ao longo da história, homens e mulheres que se dedicaram ao trabalho da paz e o fizeram com rara maestria. Lidaram em prol da paz como criaturas ativas, dedicadas, operosas no seu ideal.
Isso porque a pessoa pacífica não é uma criatura passiva. O indivíduo pacífico não está protegendo a própria pele, não tem interesses personalísticos. Ele visa o bem comum, está sempre propenso a trabalhar em prol do bem comum. 

A criatura passiva pensa em si, em não se incomodar, em não se aturdir. Vemos, por vezes, pessoas dando abraço simbólico nas árvores. Contudo, destroem plantas, cortam florestas. E outras, dão abraços simbólicos em prédios públicos e mas tarde os picham.
Outros abraçam lagos, fontes, rios, mananciais diversos em nome da paz, do verde, da Ecologia mas lhes atiram latas, garrafas, sacos plásticos, pelas janelas dos seus veículos ou do ônibus, em nome da sua passividade.
O pacífico procura uma lixeira para os detritos, preservando a natureza. O passivo os atira em qualquer lugar, ajustando-se à ideia de que aquilo já estava sujo. Empurra cada vez mais os problemas para frente, alegando que os problemas já existiam.
É a paz que carregamos dentro de nós que, gradativamente, explode, vaza da nossa realidade e faz com que as pessoas em torno se banhem na nossa paz. Essa paz que de nós extravasa contagia a sociedade em que vivemos que, apaziguada, com a nossa influência, com a nossa participação, espalhará a paz para o mundo. Então, todos seremos, sem dúvida, muito mais felizes.

 Vida e Valores - uma seleção de textos adaptados para a escrita que foram gravados pelo orador espírita Raul Teixeira para a FEP - Federação Espírita do Paraná.



domingo, 31 de julho de 2016

VIDA E VALORES

Influência espiritual

Poucas vezes paramos para pensar no poder do nosso pensamento, que é algo tão especial, que podemos dizer, sem medo de errar, que é a força mais poderosa que temos no mundo. Não existe força nuclear, eletromagnética, força de atração gravitacional que resista ao poder do pensamento.
Sabemos que os nossos pensamentos são forjados em ondas. A psicologia formal estabeleceu que os pensamentos têm características eletromagnéticas e, por causa disso, temos que convir que ele atua em tudo que seja elétrico, em tudo que seja magnético.
Por causa disso, todos nós, seres humanos, temos a capacidade de influenciar outra pessoa. Do mesmo 
modo as pessoas têm o poder de nos influenciar.
De acordo com o que pensamos, o que apreciamos na vida, entramos na sintonia dessas criaturas espirituais, e essa sintonia significa um processo de aproximação. 

Se nós, pelos nossos atos, pensamentos, pelo nosso tipo de vida, nos tornamos simpáticos a Espíritos nobres, melhor para nós, porque comumente são eles que nos dirigem. Mas, se nos tornarmos simpáticos a Espíritos negativos, viciosos, atormentadores, não tenhamos dúvidas de que a nossa vida será muito amarga. Passamos a lhes prestar obediência, em função do estilo de vida que adotamos. Por causa disso, importante pensarmos na influência que os Espíritos podem impor ou realizar sobre nossas vidas.
Uma vez que permitamos que esses Espíritos perturbem a nossa vida, estaremos em suas mãos, porque somos nós os que lhes abrimos as portas. Afinal de contas, esse processo de sintonia, de simpatia, não ocorre em função de nós acreditarmos em Espíritos. Há muita gente que desacredita em Espíritos e, nem por isso impede que eles se aproximem.
Podemos questionar: Onde está o nosso anjo guardião? Será que o nosso anjo guardião, o nosso guia espiritual, não inibiria essa ação nefasta de entidades perturbadoras? Os nossos anjos guardiães nos inspiram para o bem, nos propõem o bem, mas eles não podem viver a nossa experiência, não podem viver no nosso lugar.
Quando aceitamos a sugestão para o erro, para o mal, para a sombra, o problema já não é mais do sugestionador. Nós aceitamos, o problema é nosso.
Também quando os bons Espíritos nos convidam ao bem, à prática do amor, à vivência da paz e aceitamos, essa realização está sob nossa responsabilidade. Habitualmente comentamos: Dize-me com quem andas e eu te direi quem és. É um ditado muito conhecido. Os Espíritos utilizam-no de forma reversa, alertando-nos: Dize-me quem és e eu te direi com quem andas. Assim é porque pela nossa maneira de ser atraímos entidades positivas ou negativas para nossa convivência psíquica.
Na Terra, todos sofremos influenciação espiritual. Os Espíritos podem influenciar nossos pensamentos e nossos atos, na pauta de nossas vidas. Podemos dizer que, comumente, são eles que nos dirigem.
E se desejamos ser dirigidos por nobres criaturas, por Espíritos do bem, por verdadeiros anjos luminosos, basta nos ajustemos a uma vida digna e nobre, apesar de todas as lutas, nessa busca por viver as lições de Deus, amando o próximo e tendo nosso Pai amado acima de todas as coisas.

Vida e Valores - uma seleção de textos adaptados para a escrita que foram gravados pelo orador espírita Raul Teixeira para a FEP - Federação Espírita do Paraná.