terça-feira, 23 de junho de 2015

Espiritismo e o mundo atual

Redução da idade penal no Brasil e os verdadeiros Espíritas
Enviado em 16 de junho de 2015 | No programa: Espiritismo e Segurança Pública | Escrito por Bismael Moraes | Publicado por Vanessa Cavalcanti 



Como o Espiritismo é a doutrina da fé raciocinada (não apenas decorada e repetida) e cada espírita é um trabalhador da última hora, e nós, seres humanos, somos dotados de livre-arbítrio por Deus (causa primária de todas as coisas e inteligência suprema), não devemos bater palmas para os algozes e nos omitir em questões fundamentais para o progresso de todos; temos que evitar o crescimento do mal ante a ausência do bem.
Assim, quando muitos, por interesses escusos ou por ignorância, ainda defendem o “dente por dente, olho por olho”, ou a pena de morte, ou a prisão perpétua, ou os castigos corporais, ou, anestesiados pela mídia ou pela retórica dos oportunistas, pretendem dar aval à diminuição da idade penal – de 18 para 16 anos -, devemos estar alertas (“orar e vigiar”, como ensinou o Cristo), ponderando, acreditando e aconselhando que o amor, a escola e o trabalho digno representam o tripé para a harmonia e o progresso, antídoto para todas as enfermidades sociais.
O legislador humano e a obra silenciosa dos bons Espíritos
Se folhearmos o livro “Direito e Espiritismo” (Edição AJE/SP, SP, 2010), coordenado pelo Promotor de Justiça Thiago Cintra Essado e composto por trabalhos de vários autores, podemos ler o artigo “A legislação humana e o progresso da humanidade”, de Eduardo F. Valério, membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, também um estudioso da Doutrina Espírita, que, na página 57, citando Allan Kardec, registra:
“O egoísmo humano criou direitos e deveres imaginários, contra a lei natural, que tendem a desaparecer. As leis humanas, em geral, estão a serviço de interesses pessoais ou de grupos políticos e econômicos fortes, revelando um vacilante sentimento de certo e errado. (…) É que esse processo de elaboração das leis humanas sempre obedeceu a um critério reitor: legisla quem manda”.
Por outro lado, se bem observarmos, verificaremos que uma legião de bons Espíritos estão sempre procurando auxiliar os seres humanos, inspirando-os, silenciosamente, para atos corretos. Observe-se que o legislador constituinte brasileiro, na Constituição Federal de 1988, estabeleceu, no artigo 228, que os menores de 18 anos são inimputáveis e sujeitam-se às normas da legislação especial, motivo pelo qual o Código Penal, em seu artigo 27, é textual:
Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial”.
E essa legislação, de que falam a Constituição Federal e o Código Penal Brasileiro, é, atualmente, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069, de 13/07/1999).
Adolescente como criminoso e manchetes rentáveis
O menor de 18 anos, nos termos do ECA, em caso de conduta descrita como infração penal, não pratica crime e simato infracional. Aliás, o ECA é reconhecido por todos os juristas sérios como uma das leis mais atualizadas quanto às medidas de proteção, socioeducativas e de garantias individuais dos adolescentes. Na verdade, o que falta são pessoas convenientemente preparadas e estabelecimentos adequados para as tarefas a serem realizadas com os jovens recolhidos.
Por isso, os infratores adolescentes, quase sempre, vêm sendo tratados como criminosos comuns. Assim, quando o próprio Estado, por suas autoridades, falha na parte que lhe toca, não realizando a prevenção criminal, nem cuidando do adolescente infrator antes que ele se desvie dos procedimentos socialmente aceitáveis, não se justifica que, insuflado pela mídia, venha a propor a diminuição da idade penal de 18 para 16 anos!
O que vem ocorrendo, em regra, é que as inúmeras carências – familiar, escolar, administrativa, político-governamental – levam a grossa massa de adolescentes à prática de atos infracionais. Os insensíveis, aos quais, ao que parece, falta a caridade cristã (como se não tivessem filhos, netos, sobrinhos e irmãos em idade de risco), costumam dizer: “Esses pequenos bandidos precisam atingir logo 18 anos ou serem apenados aos 16 ou até aos 14… Se não forem mortos pela polícia ou pelos justiceiros de aluguel, já atingiram a maioridade penal e merecem cadeia”.
Para vários desses Espíritos vingativos, que assim falam, os adolescentes, representando o terror para os “cidadãos de bem”, acham-se prontos para, de cabeça vazia, de barriga vazia, de mãos algemadas e sem perspectivas, enfrentar autoridades públicas – o Delegado de Polícia (que os indicia criminalmente), o Promotor de Justiça (que os denuncia formalmente) e o Juiz de Direito (que os condena penalmente) – para que se faça “justiça”, aumentando as estatísticas , sobressaindo manchetes dos jornais e noticiários da TV, crescendo o medo no seio do povo e enchendo os bolsos dos “espertos”, que lucram com a insegurança pública!
Os verdadeiros espíritas
Como os espíritas, tendo muitas vidas pela frente e conhecendo a lei natural de ação e reação (que o ser humano não cria nem revoga), não podemos defender a redução da idade penal para 16 anos, porque todos nós temos filhos, netos, sobrinhos e irmãos adolescentes, e não desejamos que eles façam parte de eventuais estatísticas criminais.
Por isso, devemos “orar e vigiar”(como ensinou o Cristo), em defesa das vítimas e dos adolescentes desviados ou desamparados, para não engrossar a crítica dos que, embora se dizendo “cristãos” e “religiosos”, pretendem defender a vingança em lugar da justiça, sem pensar na responsabilidade moral que todos temos, não somente perante as leis humanas, mas, e principalmente, perante a Lei Natural (de ação e reação), ou Lei Divina, ou Lei de Deus!
Fonte: Artigo publicado no site da Rádio Boa Nova.
Foto ilustrativa: http://www.freeimages.com/


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Refletindo...


ROTA  ESPÍRITA 
    
Erguer-se de manhã e bendizer a vida. 
Espalhar ao redor a presença do bem. 
Escutar calmamente as notícias da hora. 
Dar a palavra amiga. Ajudar conversando. 
Dispor o coração a servir sem perguntas. 
Fazer mais que o dever na tarefa em que esteja. 
Suportar sem revolta as provações em curso. 
Apagar a discórdia e liquidar problemas. 
Estudar e entender. Discernir e elevar. 
Render culto à Verdade entre bênçãos de amor. 
Ver o direito alheio e respeitá-lo em tudo. 
Ser fiel ao trabalho e esquecer as ofensas. 
Amar fraternalmente a todas as criaturas. 
Acender cada noite as estrelas da paz no abrigo da consciência em preces de alegria. 
- Eis a rota ideal na jornada constante do espírita-cristão, à luz de cada dia. 

Autor espiritual: Albino Teixeira



Do Livro: Caminho Espírita – Autores Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.