"Não resistais ao homem mau; mas, a qualquer que vos bater na face direita, dai-lhe também a esquerda." (Mateus, 5:39)
Simbolicamente, o óbolo da viúva tem larga aplicação no constante labor de quem deseja ser útil.
Não apenas a moeda representativa para a aquisição do pão ou do vestuário, do medicamento ou do teto, mas também o gesto sacrificial, sem preço, raramente oferecido, assim como a palavra oportuna, quando a circunstância é difícil.
Essas concessões, aparentemente insignificantes, são de grande valor e poucas vezes colocadas a serviço da edificação do bem.
Da mesma forma, o perdão silencioso à ofensa intempestiva ou a compreensão fraternal, quando ocorra lamentáveis incidentes.
A paciência amiga diante da contingência alucinadora ou a perseverança, quando tudo conspira em relação ao prosseguimento das atividades expressivas.
O silêncio digno, quando a ofensa provoque reações infelizes ou a confiança no êxito, mesmo que os fatores pessimistas pareçam predominar.
Todos possuímos essas moedas-amor, de aparente pequena monta, todavia, portadoras de alto conteúdo para a aquisição da paz.
A viúva, referida por Jesus, na parábola, ofertou a última e menor moeda que possuía, em cumprimento ao dever recomendado pela lei.
Ninguém, da mesma forma, que se possa eximir à ajuda fraternal ao seu próximo.
Há doações valiosas e ricas que transitam pelas mãos do mundo, sem que solucionem os problemas daqueles a quem são dirigidas.
Não obstante, a dádiva de amor logra abençoar as vidas, enriquecendo-as de esperança e de harmonia.
Sempre serás convocado a repetir o gesto nobre e significativo da viúva pobre, que motivou a bela parábola evangélica.
A oração intercessora por alguém, a referência positiva a respeito do próximo, a ação desconhecida pelo beneficiário, a drágea que amortece a dor, o unguento que refresca a ulceração, o conselho feliz no momento adequado, são pequenas, mas valiosas moedas colocadas nos gazofilácios das vidas, em cumprimento à Lei de Amor, que vige em toda a parte.
Não te justifiques a inércia ou a negação para o serviço da caridade.
Sempre podes auxiliar, doando e enriquecendo-te, porquanto, mais feliz é sempre aquele que doa, pois que, mesmo na posição de carência em que se possa encontrar, desejando, sempre pode ajudar, com o óbolo que notabilizou a feliz viúva do Evangelho.
Lindo exemplo.
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